Nunca deixe de ouvir com outros olhos
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Maria
tanto amou que acabou. Esgotou-se o amor. Amor que juraria que fosse
eterno. Pra sempre. E hoje Maria anda falando sozinha pelos corredores,
falando com as paredes e perguntando o por quê do fim desse amor. O fim
do amor aconteceu porque Maria amava muito, amava mais que era amada,
sobrava amor. Sobrava muito amor. Maria era amada, mas não na mesma
proporção que amava. Não deu certo. Amor pra
dar certo tem que ser em doses iguais. Maria vivia embriagada de amor.
Mas seu amado não, seu amado era do tipo que só se embriagava uma ou
duas vezes por semana. Maria diminuiu a dose certo dia, diminuiu um
pouco mais outro dia, e quando viu estava sóbria, e pode ver o erro de
ter se embriagado sozinha. Amado sozinha. Maria procura alguém pra
dividir suas doses, se embriagar junto a ela. Maria procura um amor pra
embriagar-se, e que dessa vez, seja uma embriaguez mútua. Porque o erro
não é a embriaguez, é embriagar-se só.
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